A dança Krumping teve sua origem como um estilo derivado do “Clowning”, uma forma de dança dos anos 90 criada por Thomas Johnson, conhecido como Tommy the Clown.

Esse movimento enérgico e acelerado atraiu muitos jovens dançarinos e adolescentes, tornando-se extremamente popular entre a população mais jovem de Los Angeles na época.

É importante ressaltar que nos anos 90, Los Angeles era uma cidade marcada por altos índices de criminalidade, e os jovens de comunidades afetadas pela violência de gangues, drogas e crimes encontraram na dança uma forma de se expressar e um alívio temporário das dificuldades diárias que enfrentavam.

Tommy the Clown e sua equipe de dança regularmente se apresentavam em festas de aniversário infantis, muitas vezes com os rostos pintados. Porém, foi nos anos 2000 que Ceasare Willis, conhecido como Tight Eyez, e Jo’Artis Ratti, conhecido como Big Mijo, desenvolveram o que hoje é conhecido como “Krumping” a partir do Clowning. Originalmente, eles eram membros da equipe de Tommy the Clown, mas seus estilos de dança agressivos e cheios de raiva não se encaixavam no estilo de palhaço, levando-os a seguirem seus próprios caminhos e criarem o Krumping.

Diferente do Clowning, que era uma dança alegre e centrada na diversão, o Krumping é considerado mais maduro, agressivo e intenso. Alguns chegam a dizer que cada movimento de um dançarino de Krump exala raiva e ódio, o que infelizmente gerou uma reputação negativa para o estilo. No entanto, isso não impediu que o Krumping se tornasse popular entre as comunidades de dançarinos.

Inicialmente, Tight Eyez e Big Mijo dançavam individualmente, mas à medida que mais dançarinos ficaram sabendo do Krumping e começaram a praticá-lo, o estilo de dança criou suas próprias hierarquias e grandes batalhas de dança Krumping foram organizadas. No final dos anos 2000, diversas equipes de dança Krump, conhecidas como “fams”, foram formadas e prosperaram. Essas equipes são muito unidas, e sua lealdade mútua ultrapassa os limites da pista de dança.

A dança Krumping não apenas se tornou uma forma de expressão artística, mas também uma forma de comunidade e empoderamento para os dançarinos envolvidos. Sua evolução e impacto foram significativos, influenciando não apenas o mundo da dança, mas também trazendo uma voz poderosa para as comunidades em que se originou.